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02 Jan 2023 | 7 minutos • Desenvolvimento pessoal

Lidando com mudanças - Ansioso

Evoluindo a forma de pensar

Ingrid Machado

Ingrid Machado

Engenheira de computação, especialista em engenharia de software. Autora deste querido blog.

Image de capa do post Lidando com mudanças - Ansioso

No post anterior, falei sobre as sugestões de alívio para o mundo frágil. Agora, pretendo falar sobre como lidar com o mundo ansioso.

Como solução para o mundo ansioso que vivemos, a definição do BANI tem duas sugestões: empatia e mindfullness. E cada uma dessas sugestões pode ser aberta em várias ferramentas e práticas.

Empatia

A empatia é a capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa. E, num mundo ansioso, conseguir se colocar no lugar de outra pessoa é muito importante. Porém, mais importante do que isso é ter compaixão.

A compaixão vai além da empatia. Porque, ao se colocar no lugar de outras pessoas, nós conseguimos compreender a situação. Mas com a compaixão, nós estamos dispostos a ajudar.

Trazendo para o contexto de como lidar com mudanças, entender o lado da outra pessoa é uma ótima forma de lidar com a ansiedade. Mudanças são feitas por um ou mais agentes, que podem estar igualmente ansiosos com as transformações. Por isso, incluir a empatia nos dois lados da relação apoia na aceitação das novidades.

E a compaixão pode ajudar no momento de entender que as mudanças que estão acontecendo poderiam ser melhor conduzidas com a sua ajuda. Ao notar que tem como contribuir, falar e sugerir ajustes é o melhor caminho. De nada adianta ver algo que, na sua experiência, parece que vai dar muito errado e ficar calado, sem colaborar.

Além disso, ter autocompaixão, ou seja, compreender que nós mesmos estamos passando por um processo e precisamos aceitar os nossos erros, é muito importante para aliviar a ansiedade. Nos tratar com respeito e tolerância pode ser um caminho difícil no início, mas que faz toda a diferença no longo prazo.

Mindfullness

Mindfullness pode ser traduzido como atenção plena. Em um mundo ansioso, prestar atenção ao que está acontecendo no agora e em como isso te afeta é uma prática de autocuidado que pode te ajudar a lidar melhor com as mudanças.

Nesse tópico eu também incluo o trabalho da inteligência emocional. Porque, além de nos ajudar a detectar os nossos sentimentos, ela também nos ajuda a lidar com eles. E esse é um trabalho que demanda a nossa atenção e observação.

Estar em um mundo ansioso é estar inserido em um contexto onde sempre esperamos pelo pior. E isso, muitas vezes, pode vir da nossa incapacidade de desacelerar e entender o porquê de estarmos com esse sentimento.


Dentro do tema de não acreditar que estamos preparados para as situações, gostaria de falar sobre o conceito de mindset. Segundo estudos da Carol Dweck, existem dois tipos de mindset: o fixo e o de crescimento.

É importante deixar claro que podemos ter os dois, dependendo do tipo de situação ou contexto em que estamos inseridos. Por isso, além de conhecer as definições, é interessante fazer uma autoavaliação sobre como você encara as diferentes situações do seu dia a dia.

Mindset fixo

Quando temos um mindset fixo, entendemos que só somos inteligentes quando somos perfeitos, ou seja, quando não erramos. Não é preciso pensar muito para entender por que esse conceito não está nem próximo do ideal: é impossível viver sem errar. Por isso, quando estamos com o mindset fixo, sofremos por não conseguir demonstrar para os outros que somos capazes e deixamos de aproveitar diversas oportunidades de aprendizado pelo medo do desconhecido e de expor alguma vulnerabilidade para as outras pessoas. Para essas pessoas, o foco é o resultado. Caso algo não dê certo, não importa qual foi a jornada, importa apenas que foi um fracasso.

Mindset de crescimento

No mindset de crescimento, entendemos que não somos perfeitos, mas sim pessoas em constante evolução. Se não sabemos de algo e estamos com o mindset de crescimento prevalecendo, encaramos o desconhecido como um desafio, uma nova oportunidade de aprendizado. Aqui, a ideia de que não sabemos tudo é reconfortante, um gatilho para que se faça um esforço para aprender. Como você deve imaginar, pessoas com o mindset de crescimento vivem de forma mais tranquila. Isso não significa que fracassos não a deixem decepcionadas, mas sim que fracassos fazem parte da jornada.

Assim como o fracasso é importante na nossa jornada, também não podemos nos deixar levar pelo sucesso. Mesmo nos momentos em que tudo parece dar certo, devemos manter as estratégias para seguir bem. Assim, o hábito não é quebrado.


O lado positivo do não

O mundo ansioso pode nos tornar desesperados, por acharmos que perdemos a chance de tomar uma decisão e que não vamos ter outra oportunidade. Para remediar a possibilidade, existe uma sugestão que conheci há algum tempo e que me ajuda muito. É saber focar no lado positivo do não.

Sempre que dizemos não, estamos priorizando algo mais importante. E é isso que importa. Se digo que não posso fazer algo porque estou ocupada, não adianta ficar me remoendo com aquilo que não fiz, mas sim focar no que priorizei.

Não conseguimos fazer tudo e perder tempo pensando no que não foi feito nos deixa paralisados. Por isso, da próxima vez que precisar dizer não, diga consciente de que está negando algo em benefício de outra coisa.

Imunidade à mudança

Muitas vezes resistimos às mudanças porque as nossas crenças nos impedem de abraçá-las completamente. Isso acontece mesmo querendo a mudança de forma consciente, por existir algo que nos afasta de um processo de mudança de sucesso.

Para apoiar nesse tipo de resistência em específico, o processo de imunidade à mudança ajuda a identificar porque não conseguimos nos comprometer com algo que sabemos que deve ser mudado. Ele nos guia no processo de mudança aos nos fazer refletir sobre os motivos pelos quais evitamos a mudança, as nossas preocupações e as nossas premissas.

O livro “Imunidade à mudança” é uma ótima fonte para entender esse processo por completo.

Bons momentos para dias ruins

Quando estamos com a sensação de que fizemos uma escolha errada, geralmente nos deixamos consumir pela situação. Uma forma de aliviar esses momentos é guardar os bons momentos, para poder revisitá-los em dias ruins.

Costumo ter uma pasta no computador onde guardo prints de feedbacks positivos que recebi ou notícias boas que li. Assim, quando estou me sentindo insegura ou até mesmo incompetente, costumo revisitar essa pasta para saber que até posso ter errado, mas tenho a capacidade de fazer muitas coisas boas.

O outro lado da dica é lembrar de reconhecer as pessoas. Assim o ciclo se completa e todos possuem motivação para seguir adiante.


Por mais que não seja possível estar preparado para todas as situações, manter uma postura de aprendizado e de tranquilidade frente ao que foi aprendido pode ajudar. Acredito que o problema reside em não fazer nada e ficar se culpando. Fazer algo, que pode até não ter sido o suficiente, ainda é alguma coisa. Aproveitar a jornada e não focar apenas nos erros nos permite evoluir e é essa evolução que pode nos dar um pouco mais de tranquilidade neste mundo ansioso.

Um material muito útil para ajudar a lidar com o mundo ansioso é a cartilha “Fazer o que importa em tempos de stress: Um guia ilustrado” da World Health Organization. Ela é um guia para lidar com stress, cheia de exercícios e dicas para quem precisa de apoio. Na lista para download no link existe a versão em português.

Como um agente da mudança, existe a Gestão de Mudanças 3.0, que funciona como um guia de como tirar vantagens do processo de mudanças. Como o foco da série é em quem está do outro lado, não explorei esses pontos no texto. Mas deixo aqui como referências a edição #8: Gestão de mudanças da Trilha de Valor e os posts PDCA, ADKAR, Curva de adoção da inovação e 5 I’s. Todos esses textos foram baseados no livro Como mudar o mundo.

No post sobre o Bootcamp de Liderança Feminina, incluí algumas anotações da palestra “Mindfullness como estratégia de carreira”. É um material bem útil para quem deseja entender melhor quais são as vantagens do Mindfulness atualmente e porque deveria ser incluído na rotina de qualquer pessoa.

Até a próxima!

Referências

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