Meu guia de desenvolvimento pessoal particular

Atualmente, tenho uma rotina muito bem definida e que me permite viver de forma tranquila, confortável e produtiva. Já compartilhei sobre ela inúmeras vezes aqui no blog e na newsletter, mas acredito que nunca fiz um compilado de todas as práticas que sigo.

No post de hoje, pretendo reunir tudo o que faço no que estou chamando de “Guia de desenvolvimento pessoal particular”. Como grande consumidora de livros de não ficção, costumo ler muita coisa sobre desenvolvimento pessoal e testar o que me chama a atenção. Quando funciona, incorporo essas práticas na minha rotina com a intenção de transformar em hábitos. Ou seja, tudo o que vou compartilhar tem explicações científicas, que podem ser encontradas nas referências, e que funcionam para mim. O que não significa que funcionam para todas as pessoas.

Com isso esclarecido, segue o que sigo como principais práticas para ter um dia a dia agradável.

Cronotipo

O livro “O poder do quando” descreve que toda pessoa tem um relógio biológico interno, mas que cada um tem um horário diferente sendo marcado. Esse horário seria a definição de cronotipo.

Fazendo o teste, descobri que o meu cronotipo é o urso. O que significa que, assim como a maioria das pessoas, o meu relógio biológico é guiado pelo sol.

Essa foi uma das primeiras práticas de livros de não ficção que me dediquei a testar e tive ótimos resultados. Seguir o meu cronotipo me permite acordar mais disposta, consigo produzir mais durante o dia e manter o meu foco quando necessário. E melhorei e muito o meu sono.

Conforme fui avançando nos dias em que seguia o cronotipo, também entendi quais partes do dia seria melhor adaptar e tenho uma rotina que considero a ideal. O meu cronotipo sugere que eu acorde às 7h, mas, ultimamente, estou me acordando às 6h, antes do despertador tocar. Então, comecei a testar levantar nesse horário e ficar lendo até ir fazer o café da manhã às 7h. Tem sido uma forma interessante de iniciar o dia, principalmente porque não costumo passar muitos momentos em silêncio.

Seguir os horários de acordar e dormir foram os mais difíceis no início. Principalmente porque eu costumava dormir muito tarde. Mas, conforme fui iniciando a rotina de exercícios e comecei a ler antes de dormir, fui tendo mais facilidade.

Outra coisa que gosto muito para manter a qualidade do sono é o conforto. Por isso, tenho uma rotina fixa de troca da roupa de cama e gosto de usar aromatizadores para deixar o quarto sempre cheiroso e com a sensação de limpeza. Durmo com todas as luzes desligadas e cubro os leds de alguns aparelhos para tentar manter um breu total no quarto.

O cronotipo também sugere que as telas sejam desligadas antes de dormir, então substituí ficar no smartphone por ler quando estou deitada. Só a sensação de não estar com os olhos ardendo quando me deito já ajuda e muito a pegar no sono.

Se você está com uma rotina caótica, se sentindo sem energia e não sabe como resolver a situação, entender o seu cronotipo e testar a rotina sugerida pode ser o primeiro passo.

Neste post, explico melhor cada um dos cronotipos existentes e a diferença entre eles.

Água

Todos sabem que tomar água é importante, mas não necessariamente todas as pessoas tomam a quantidade de água necessária. Por não ser da área da saúde, não vou indicar aqui quantos litros cada pessoa deveria tomar por dia. Mas sim compartilhar algumas práticas que aprendi e sigo a respeito do consumo de água que me fazem consumir mais e não sentir os efeitos da falta de hidratação.

Ao acordar

Durante um tempo, testei o aplicativo Fabulous, feito para ajudar na criação de hábitos saudáveis. E um dos primeiros hábitos ensinados é o de tomar água assim que acordamos. Segundo o informado no aplicativo, o ato de tomar água logo após acordar faz muito bem para os nossos órgãos.

Para cultivar esse hábito, deixo um copo d’água cheio antes de dormir perto da cama. Assim que acordo, a primeira coisa que faço é tomar toda a água desse copo. Não sei dizer se meus órgãos estão mais saudáveis, mas esse ritual me deixa mais desperta, porque virou um sinal para mim de que o dia está começando.

Antes de sentir sede

Essa dica eu aprendi vendo alguma reportagem. Ao contrário do que eu imaginava, não devemos esperar ter sede para tomar água. E sim tomar de forma constante durante o dia. Para isso, mantenho um copo sempre cheio na minha mesa de trabalho.

A principal vantagem para mim é ir dormir sem a sensação de estar com muita sede. Assim como acordar sem sentir que estava dormindo num deserto. Consumindo aos poucos, consigo atingir de forma muito tranquila a minha meta de consumo de água diária.

Quando não sei o que quero

Uma coisa que acontece constantemente comigo é pensar que quero comer algo que não tenho na geladeira. Às vezes, estou com a sensação de querer comer algo que eu nem sei o que é.

Um dia, vi uma recomendação de que, nesses casos, o ideal é beber um copo d’água. Simplesmente porque podemos estar confundindo a desidratação com a fome de algo misterioso. Na maioria das vezes essa técnica funciona e é bem mais barato do que tentar buscar um delivery que saciaria essa fome indefinida.

Sei que prometi referências para tudo, mas não me lembro exatamente onde vi essas duas dicas pela primeira vez. Mas uma fonte a respeito de beber água antes de ter sede pode ser encontrada aqui e uma sobre tomar água quando sente uma fome misteriosa aqui.

Exercícios físicos

Estou estudando bastante sobre felicidade no momento e vejo o quanto os resultados que estou tendo com exercícios físicos são comprovados cientificamente. Além das mudanças físicas, sinto que desde quando iniciei a minha rotina de exercícios tenho me sentido mais calma e com o pensamento um pouco menos acelerado.

Acredito que o fato de conseguir parar para pensar ou não pensar em nada durante os exercícios me ajuda muito a ter essa sensação de leveza. Focar apenas no que estou fazendo ou fazer de forma automática são igualmente benéficos para mim.

Com a rotina de exercícios atual que tenho, também acabo tomando sol indo e voltando da academia. Esse é mais um hábito que perdi durante a quarentena e retomei junto dos exercícios. Assim, sinto que é um conjunto de práticas que envolvem os exercícios que me ajudam a me sentir melhor.

Além disso, o meu sono também melhorou e muito com a prática de exercícios. Nos dias de treino, nunca tenho dificuldade para pegar no sono.

Para me ajudar nessa prática, mantenho a roupa que vou usar separada na noite anterior e não penso muito no trabalho que tenho para ir até a academia. Quando foco nisso, sinto que se torna bem mais difícil. Se apenas me levanto de manhã, me arrumo e saio, nem sinto que foi tão trabalhoso assim ir treinar.

Dieta equilibrada

Junto dos exercícios, tento manter uma dieta equilibrada. Eu entrei numa dieta bem rígida durante um ano por questões de saúde, mas agora mantenho um cardápio um pouco mais tranquilo.

Os pontos principais da minha dieta são consumir comida caseira, evitar ultraprocessados, evitar deliveries e fazer todas as refeições no horário correto. Somente essas mudanças já são suficientes para que eu me mantenha dentro do meu peso ideal e tenha qualidade de vida.

Por qualidade de vida eu me refiro a pensar na comida como algo necessário para me alimentar e não para descontar a minha ansiedade. Como algo prazeroso, símbolo de várias comemorações e não um problema que eu preciso evitar.

Comendo mais comida caseira, também incluo na qualidade de vida não ficar me sentindo pesada depois de cada refeição. E não ficar com azia porque alguma coisa caiu mal no estômago. Inclusive, depois que iniciei a minha dieta, deixei de pedir deliveries de vários lugares na minha refeição livre. Porque eu simplesmente não consigo mais achar a comida com o mesmo gosto de antes e nem me sinto confortável depois de comer. Sou praticamente obrigada pelo meu corpo a mudar os meus hábitos alimentares para me sentir bem.

A minha rotina atual é a de marmiteira. Faço no domingo as marmitas da semana, deixo parte na geladeira e outra parte congelada. Também faço hambúrgueres para congelar, que ficam ótimos feitos na air fryer depois. E faço molho de tomate também para congelar, assim, quando quero comer algo diferente das marmitas, apenas faço a massa e aqueço o molho no micro-ondas.

Neste post, eu compartilho um pouco mais os hábitos que tenho para uma rotina saudável.

Limite de tempo de tela

Outro ponto importante do meu desenvolvimento pessoal é a limitação do meu tempo mexendo no smartphone. Principalmente limitando o tempo que passo em redes sociais.

Quando estou me sentindo sem foco, ou que não consigo ficar tranquila vendo um filme ou lendo um livro, já sei que esse é um efeito do meu tempo exagerado mexendo no celular. É só limitar por uns dois dias que a diferença é gritante.

O nosso cérebro não foi feito para receber muitos estímulos ao mesmo tempo e as redes sociais se aproveitam disso para nos prender dentro delas. Por isso, precisamos controlar ativamente quanto tempo vamos dedicar a elas. Se depender das plataformas, esse tempo vai incluir todo e qualquer tempo livre que tivermos.

Falo mais sobre a minha relação com as redes sociais aqui.

Leitura

Um dos meus hobbies favoritos do momento é ler. Retomei esse hábito no início da quarentena e, desde então, nunca mais parei.

Gosto de ler diariamente, pelo menos, antes de dormir. Mas já estou começando a criar o hábito de ler assim que acordo e passo boa parte do meu final de semana lendo também. Por mais que pareça um pouco exagerado, é muito natural pensar em pegar um livro para ler a cada intervalo do dia em que não temos nada para fazer.

Gosto de alternar entre livros de ficção e não ficção e costumo largar o livro no meio se ele não me agrada. Já fui daquelas que se obriga a ler até o final só porque iniciou, mas hoje entendo que estava sabotando essa prática ao me obrigar a fazer algo que não queria.

Quando sinto que estou num ritmo muito acelerado ou que estou tendo dificuldades para dormir, pego um livro que me agrade e, na maioria das vezes, consigo voltar para os eixos.

Resumindo

Em resumo, o que faço para ter uma rotina agradável é:

• Seguir o meu cronotipo
• Beber água de forma frequente
• Fazer exercícios físicos
• Manter uma dieta equilibrada
• Limitar o meu tempo de tela
• Ler bastante.

O que é importante frisar aqui é que nada disso começou do nada ou foi feito tudo de uma vez. Para que os hábitos prosperem, eles devem ser iniciados de forma fácil e aos poucos. Quando um hábito estiver bem enraizado, daí você vai para o próximo.

Digamos que você quer beber mais água, mas tem um dia agitado. Talvez o melhor seja se acostumar a beber um copo d’água assim que acorda todos os dias. Já que, para criar esse hábito, a única preparação necessária é deixar um copo d’água servido perto da sua cama.

Outro ponto importante é pensar no seu propósito. Se você está tentando qualquer uma dessas práticas apenas porque alguém sugeriu, provavelmente vai desistir facilmente depois das primeiras tentativas. Mas se você tem um motivo forte o suficiente para te motivar, é muito mais fácil manter a prática.

Eu mesma estava com dificuldades de manter a dieta equilibrada no início. Mas como eu tinha que manter a dieta para evitar o uso de remédios, essa razão foi mais do que suficiente para me motivar a fazer as marmitas da semana e deixar de comprar guloseimas no supermercado. Sempre que penso que vou recair, me lembro de que comer bem é melhor do que tomar remédios, algo que eu quero evitar. Com isso, eu mudei meus hábitos alimentares e hoje em dia é o meu corpo que dita o que eu consigo comer ou não.

Eu compartilhei aqui o que costumo fazer no meu dia a dia para me sentir o mais plena, feliz e descansada possível. Se o seu caso é clínico, consultar um médico e fazer um check-up vai ser mais importante do que apenas mudar a sua rotina.

Espero que compartilhar o que tenho feito na minha rotina te ajude a se organizar e sirva de inspiração para quem está buscando formas melhores de levar a vida.

Até a próxima!

Referências

• O poder do quando - Dr. Michael Breus
• Hábitos atômicos - James Clear
• O poder do hábito - Charles Duhigg
• Fabulous

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