24 Abr 2023 | 3 minutos • Livros
Como leio livros de não ficção
Quando quero me dedicar mais para aprender o assunto
Ingrid Machado
Engenheira de computação, especialista em engenharia de software. Autora deste querido blog.
Geralmente, demoro muito mais tempo lendo livros de não ficção. E isso acontece porque costumo ler esses livros de forma diferente dos livros de ficção.
Ao ler um livro de não ficção, tento absorver o máximo possível do que está sendo ensinado. E para isso, existem algumas práticas que faço para ter um melhor aproveitamento da leitura. E é isso que vou compartilhar nesse post.
Considero um momento de estudo
Em primeiro lugar, considero que quando estou lendo livros de não ficção eu estou estudando. Para isso, tento me manter focada na leitura e, muitas vezes, leio e releio a mesma página até entender o que está sendo passado.
Se for um livro que eu realmente quero ler e aprender para aplicar no meu trabalho, faço Pomodoros para focar na leitura. Nesses casos, leio o livro sem estar usando fones de ouvido (gosto de ler algumas coisas com sons de fundo) e nem fico no mesmo ambiente que tem uma TV ligada, por exemplo.
Quando começamos a ler num ritmo frequente e nos acostumamos a estudar, conseguimos ler e aprender mesmo com algumas distrações no ambiente. Mas focar é uma dica muito boa, principalmente para quem está tentando estabelecer uma rotina de aprendizado. O foco na leitura é um grande aliado para absorver o conteúdo de verdade.
Defino uma meta de leitura
Se estou lendo um livro que ensina algo que pretendo aplicar no trabalho ou na vida pessoal, gosto de definir uma meta de leitura. Como leio mais de um livro ao mesmo tempo, ter essa priorização é bem importante para que eu consiga finalizar as leituras mais importantes.
Mas eu não defino metas desafiadoras. Apenas penso em datas que fazem sentido para o que eu preciso, para não estender a leitura sem necessidade. Geralmente, gosto de definir um mês para finalizar um livro nesses casos.
Faço anotações
Quando estou aprendendo, gosto muito de escrever conforme entendo os conceitos. Mesmo que eu não vá ler nada do que eu anotei depois, é muito difícil eu ler um livro de não ficção e não fazer nenhuma anotação. Como não gosto de escrever no próprio livro, costumo usar um caderno ou o GoodNotes no iPad para fazer essas anotações.
Segundo o curso “Learning how to learn”, aprendemos melhor quando fazemos anotações sobre o nosso entendimento. Então misturo anotações de trechos exatos do livro com anotações do que eu entendi a respeito do que foi explicado.
Faço uma revisão das anotações
Outro conceito do curso “Learning how to learn” é que aprendemos melhor usando a repetição espaçada. Ou seja, estudar em dias alternados, sem nos dedicarmos ao assunto sem descanso.
Por isso, quando quero realmente aprender, costumo repassar as minhas anotações alguns dias depois. Mais de uma vez, já tive um entendimento muito mais claro ou até mesmo diferente do material que li ao fazer uma revisão dias depois.
Discuto os tópicos
Se sei que tem mais alguém estudando o mesmo assunto, gosto de conversar sobre o que aprendi e onde poderia aplicar. Caso não encontre ninguém, é provável que eu fique comentando com o meu noivo sobre o assunto e o transforme em um post ou seção da newsletter.
Apenas tento não deixar a leitura ser apenas uma leitura. Passar o que eu aprendi para outras pessoas, seja conversando ou escrevendo de forma resumida o que aprendi, me ajuda muito a fixar.
Mesmo sabendo dos benefícios de seguir todos esses passos, nem sempre sigo todas essas dicas para o livro de não ficção que eu estou lendo. E nem me cobro para seguir todas elas.
O mais importante é ter uma leitura agradável e saber filtrar o que serve ou não para você. Uma dica valiosa é saber também quando desistir de uma leitura. Infelizmente, existem muitos livros de não ficção que não trazem nada de novo ou atualizado. Ou não trazem nada que faça sentido mesmo. Por isso, não se force a ler algo que não faz sentido.
A exceção é caso você esteja fazendo algum curso que exija a leitura, aí não tem muito o que fazer. Mas se o seu caso é igual o meu e lê frequentemente porque tem uma rotina de aprendizado contínuo, reforço a importância de se respeitar.
Até a próxima!
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