O que é felicidade

Tenho estudado sobre o que é felicidade e as respostas que encontrei são bem satisfatórias. Mas pôr em prática o que aprendo nem sempre é fácil.

Acredito que me voltei para esse tema por estar vivendo um momento de grande estresse no trabalho. Eu sei que a vida é mais do que isso, mas, quando estamos imersos nos problemas, parece que eles são a única coisa que importa.

A ideia aqui é falar sobre o que pode ajudar a ser feliz, independentemente dos problemas. Na busca por entrar nos eixos novamente, sigo o meu guia de desenvolvimento pessoal particular e estudo sobre a felicidade. Como já compartilhei o meu guia na semana passada, a felicidade ficou como tema de hoje.

No post de hoje, quero compartilhar o que encontrei e comentar sobre o que venho mudando na minha vida com esse enfoque.

O que é felicidade

Encontrei diversas definições, mas acho que a mais certeira é a que define felicidade da seguinte forma:

Felicidade: sentimento de bem-estar geral.

Parando para pensar, quando estamos felizes estamos nos sentindo bem. E não precisamos muito mais do que essa sensação para ficarmos satisfeitos.

Buscando na Wikipedia o que é bem-estar, encontrei a seguinte definição:

O bem-estar, também conhecido como valor prudencial ou qualidade de vida, refere-se ao que é intrinsecamente valioso em relação a alguém. Portanto, o bem-estar de uma pessoa é o que é, em última instância, bom para essa pessoa, o que é do interesse próprio dessa pessoa.

Ou que significa que a felicidade não vai ser a mesma coisa para cada pessoa. Cada um vai saber o que o faz feliz e as dicas que vou passar sobre como encontrar a felicidade vão ser aplicadas de acordo com o que cada um entende como importante.

Expectativas

Pense em experiências que você aguardava que acontecessem e já conseguia sentir uma melhora no seu humor só de pensar nelas. Ou algo que gostaria tanto de obter que só o ato de planejar já mudava o seu dia. Às vezes, quando vivemos a experiência ou adquirimos alguma coisa, não conseguimos manter o mesmo nível de felicidade da expectativa. Justamente porque felicidade não está no fazer ou no ter. Felicidade está no ser.

Sucesso

Estou lendo um livro que fala sobre como as pessoas se enganam a respeito da busca pela felicidade. Somos ensinados a buscar o sucesso, com a intenção de sermos felizes quando o atingirmos. Mas a verdade é que o sucesso depende da felicidade e não o contrário.

Quando estamos felizes, trabalhamos melhor, ficamos mais dispostos a persistir diante dos desafios e produzimos melhores resultados. Sem a felicidade, vemos o nosso desempenho cair, focamos demais em apenas trabalhar e perdemos o contato com a nossa rede de apoio justamente porque achamos que a felicidade só vem depois de uma promoção.

Adaptação

Eu já compartilhei a respeito desse tema no post “Ciência do bem-estar” e acho que vale a pena reforçar sempre: precisamos levar em consideração a adaptação hedônica. Ou seja, o fato de que nos acostumamos com o que temos. Não é um fenômeno que percebemos, mas ele influencia diretamente na nossa percepção de satisfação com a vida.

Por exemplo, se você acha o seu salário baixo e ganha um aumento, você vai ficar feliz com o novo salário. Mas, depois de um tempo, esse novo valor passa a ser apenas o seu salário e você adapta a sua vida de acordo com ele. Então, o ciclo se inicia novamente e você acha que o seu salário é baixo e precisa de um novo aumento para ser feliz.

O curso indica algumas formas de não se adaptar tão facilmente, mas não costumamos organizar a nossa vida para termos muitos momentos de felicidade espaçados. Nós costumamos pensar no agora e gastar dinheiro que não temos, para coisas que não precisamos. Infelizmente, a adaptação hedônica não nos faz pensar melhor a respeito desse estilo de vida, já que ela não nos permite esperar por uma felicidade duradoura.

Entendo que é difícil deixar de fazer algo que recebemos diversas mensagens reforçando que é o certo. É um pensamento comum achar que só seremos felizes indo atrás do que queremos, não aceitando menos do que achamos que merecemos e aproveitando todas as oportunidades que aparecem. Só que é justamente assim que ficamos mais infelizes.

A vida é uma constante oscilação entre a ânsia de ter e o tédio de possuir. - Arthur Schopenhauer

Como ser feliz

Já falei sobre esse tema em um post anterior, então vou compartilhar aqui dicas novas, que aprendi com o livro “O jeito Harvard de ser feliz”. Esse livro fala sobre 7 passos que podemos seguir para sermos felizes, mas iniciar qualquer passo já é o suficiente para iniciarmos uma rotina em direção à felicidade.

Medite

Eu já tentei meditar de várias formas. Entrei em grupos de meditação, usei aplicativos e segui dicas de livros. Sempre que conseguia meditar, sentia que, depois de um certo tempo, estava mais focada e presente nos momentos que vivenciava. Mas tenho uma dificuldade de manter a prática.

Estou testando acordar às 06:00 para ter uma rotina mais calma antes do trabalho e acredito que, se eu mantiver esse horário, vou conseguir meditar assim que acordo. Reconheço os benefícios e quero atingir todos eles, só preciso conseguir ser consistente com a meditação.

Essa é uma das dicas que eu acho mais práticas para a busca pela felicidade. Estar atento, focado no presente e dando mais atenção para quem está perto da gente não parece algo desconectado da felicidade. A sensação de bem-estar após uma sessão de meditação é ótima.

Encontre algo pelo qual aguardar com expectativa

Já mencionei sobre esperar por algo porque aprendi no curso sobre bem-estar. E o livro reforça que essa é uma boa dica para a felicidade. Contar os dias para um show, uma viagem, um aniversário ou qualquer outro evento sempre envolve bons sentimentos.

Gosto de incluir os eventos importantes no calendário com notificações para não lembrar apenas um dia antes. Depois que conheci essa dica, passei a colocar uma média de 3 notificações, a depender da data, para cada evento muito esperado.

Degustar os momentos de espera e tentar visualizar como a experiência vai ser amplia a duração da felicidade causada pela experiência. Com isso, mesmo que a experiência seja ruim, sempre teremos momentos felizes relacionados a ela.

Adote gestos conscientes de bondade

O autor fala sobre realmente pensar em ser bondoso e fazer ações que reflitam isso. Exemplos de gestos de bondade incluem abrir uma porta, segurar a porta do elevador, avisar que alguém deixou cair algo, comprar um presente ou doar um valor para alguma instituição de caridade.

Note que nem todos os exemplos envolvem dinheiro e alguns deles são muitos simples e você talvez até já os faça. O importante é ter ciência de que está escolhendo ser uma pessoa boa. Assim, a sensação de bem-estar pode ser amplificada.

Injete positividade no seu ambiente

Eu já comentei várias vezes sobre como sou impactada por um ambiente desorganizado e prezo pela organização, principalmente quando preciso focar. Quando li essa dica, percebi que estava focando em ambientes limpos e organizados e não necessariamente em ambientes positivos.

Um exemplo bem direto que o autor passa é ter uma foto da família na mesa de trabalho. Isso é algo muito comum, mas não sei se as pessoas pensam no quanto o bem-estar pode melhorar com essa simples atitude.

No meu caso, estou aprendendo a bordar. E depois de ler essa dica pensei em fazer algum bordado para deixar exposto em casa, já que costumo finalizar o desenho e guardar numa caixa. Uma prática que já sigo é deixar expostos na minha mesa de trabalho os bilhetes que o meu marido escreve para mim. É um misto de cartões e post-its que me animam sempre que leio novamente.

Existem inúmeras formas de manter um ambiente positivo e acredito que cada pessoa vai ter a sua preferida.

Exercite-se

Já escrevi várias vezes sobre o quanto praticar exercícios faz bem e já li em muitas fontes diferentes o quanto eles são benéficos. Inclusive, vi um artigo a respeito do quanto se exercitar é melhor do que tomar antidepressivos.

Apenas essas informações já deveriam ser o suficiente para que todas as pessoas estivessem se exercitando. Mas a verdade é que, no fundo, todo mundo sabe disso. O necessário é iniciar e ver por si só o quanto exercício faz bem.

Gaste dinheiro (mas não com “coisas”)

Uma dica que, até o momento, todas as minhas fontes sugerem é gastar dinheiro com experiências. Pesquisas indicam que compartilhar experiências vividas com outras pessoas faz bem até para o ouvinte. Ao contrário de quando compartilhamos sobre coisas que compramos.

Por isso, quando tiver um dinheiro sobrando, considere fazer uma viagem, ir num restaurante ou viver qualquer experiência diferente. Como mencionei anteriormente, os efeitos podem ser sentidos antes, durante e depois da experiência.

Exercite um dos seus pontos fortes

A última dica dessa parte do livro fala sobre exercitar os pontos fortes. Ou seja, pensar no que você é bom fazendo e colocar essa habilidade em prática. Quando usamos uma habilidade, nós vivenciamos uma descarga de positividade. Por isso, podemos ser mais felizes ao encaixar a prática dos nossos pontos fortes na nossa rotina.

Como exemplo posso falar do quanto gosto de compartilhar conhecimento. Ter esse blog e uma newsletter para contar sobre o que aprendi me traz uma felicidade que talvez eu nunca tinha parado para pensar a respeito antes de ler sobre isso. Mas é algo que faço de graça e de forma constante e, mesmo assim, não me canso nunca. Certamente consigo perceber que o benefício para mim está numa realização pessoal.

A busca pela felicidade não deve ser algo que toma conta da nossa vida. É normal termos momentos tristes, enfrentarmos dificuldades e trabalhar em problemas que não queremos. Mas a ideia de que a vida é muito mais do que isso é o que me atrai.

Buscar esse bem-estar e incluir práticas na minha rotina que me permitam sentir felicidade todos os dias virou uma meta pessoal. Assim, sinto que não deixo o trabalho tomar conta e sou muito mais grata pelo que tenho.

Espero que essas dicas te inspirem e te ajudem a viver melhor.

Até a próxima!

Copiar link