18 Set 2023 | 3 minutos • Desenvolvimento pessoal
Autoliderança - Definir objetivos
Definindo o que queremos concluir no futuro
Ingrid Machado
Engenheira de computação, especialista em engenharia de software. Autora deste querido blog.
No post anterior, expliquei o que é autoliderança e como ela pode te ajudar a manter uma vida fora do piloto automático. E no post de hoje, pretendo apresentar a primeira habilidade da autoliderança, que geralmente constitui o primeiro passo no processo de desenvolvimento pessoal.
Este é o segundo post da série sobre autoliderança. A lista completa de posts pode ser encontrada aqui.
A primeira habilidade necessária para desenvolver a autoliderança é a de se estabelecer objetivos realistas e fazer planos para atingir cada um deles. Porque de nada adianta definirmos diversos objetivos, se não estamos equipados com ferramentas que nos permitam a conclusão de cada um deles.
Objetivos SMART
Um conceito que nos ajuda a estabelecer bons objetivos é o SMART, um acrônimo que dita as características necessárias para se definir um objetivo com maior chance de conclusão:
- Specific (específico): ele é claro e explícito, sem deixar espaço para dúvidas no seu entendimento
- Measurable (mensurável): existe uma métrica que será acompanhada para medir o nível de sucesso do objetivo
- Attainable (atingível): é possível atingir esse objetivo com as ferramentas que você tem disponível no momento
- Realistic (realista): é um objetivo que pode ser concluído
- Time-bound (com prazo): existe um tempo limite para a conclusão do objetivo
Você já deve ter passado por situações em que não conseguia atingir algum objetivo porque ele não atendia a alguma dessas características. Se ele não é específico, fica bem difícil saber se o que estamos fazendo é o suficiente, já que não sabemos onde queremos chegar. Se ele não é mensurável, não existe uma forma de medir o quanto evoluímos. Se não conseguimos atingir o objetivo com as ferramentas disponíveis, precisamos encontrar as ferramentas corretas antes de iniciar o trabalho. Se o objetivo não for realista, não adianta dedicarmos esforço a algo que não vai poder ser concluído e vai somente nos esgotar. E sem um prazo, costumamos procrastinar e não focar no que precisamos fazer.
Por tudo isso, ter um objetivo SMART já é meio caminho andado para conseguir concluir os objetivos que definimos.
Existem algumas definições diferentes para o que cada letra do acrônimo significa. Eu me baseei nessa fonte, mas alguns materiais online definem o R como Relevant (Relevante), por exemplo. Um artigo do próprio autor do SMART considera o A como Assignable (Atribuível). Dito isso, acredito que todas as mudanças trazem características interessantes e o melhor é avaliar o seu contexto antes de usar e adaptar o formato.
Objetivos de evitação e de abordagem
Esse é um conceito que aprendi no curso que fiz mais recentemente e não consegui encontrar uma tradução melhor para descrever. Mas o ponto principal é que podemos definir objetivos de duas formas:
- Evitação: quando nosso objetivo é fazer com que algo seja evitado ou atrasado, o que aumenta o nosso estado de vigilância e diminui o nosso bem-estar
- Abordagem: quando nosso objetivo é formulado de maneira positiva, podendo ser de 3 tipos:
- Conseguir fazer algo pela primeira vez
- Manter um estado desejado
- Desenvolver ainda mais um estado positivo
Essas são duas formas possíveis de definirmos objetivos. Mas, quando focamos em objetivos de abordagem, o nosso cérebro fica sugestionado para seguir com a conclusão de objetivos bem definidos.
A influência dos objetivos para a confiança
O livro “A velocidade da confiança” descreve todos os fatores que influenciam na construção da nossa confiança com outras pessoas. E um dos primeiros conceitos apresentados fala que muitas pessoas não confiam nas outras. Essa é uma informação interessante, principalmente quando pensamos que dependemos muito de outras pessoas para o nosso próprio crescimento pessoal.
Uma das sugestões para conseguir aumentar a confiança em outras pessoas é aumentar primeiro a confiança em si mesmo. E um exemplo muito interessante fala que não conseguimos confiar em nós mesmos quando fazemos promessas de ano novo e não as cumprimos. Ou seja, a partir do momento em que definimos objetivos pessoais e não conseguimos concluí-los, estamos diminuindo a confiança que temos em nós mesmos e gerando consequências que podem reverberar em outras pessoas.
Imagino que você já saiba o quanto é importante definir objetivos, mas essa visão da confiança pode ser um bom motivador para seguir adiante com a conclusão deles.
Apesar de ser a primeira habilidade apresentada, não necessariamente definir objetivos precisa ser a primeira coisa a se focar no trabalho da autoliderança. Conforme os posts forem avançando, espero que fique mais claro o quanto todas as habilidades se complementam e como podem ser priorizadas de acordo com o que você precisa no momento.
Como sempre, os comentários estão abertos para sugestões e feedbacks.
Até a próxima!
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