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27 Nov 2023 | 4 minutos • Desenvolvimento pessoal

Zona de aprendizado

Criando uma zona de aprendizado

Ingrid Machado

Ingrid Machado

Engenheira de computação, especialista em engenharia de software. Autora deste querido blog.

Image de capa do post Zona de aprendizado
Foto de Jess Bailey, via Unsplash

Na edição #58 da Trilha de Valor, escrevi sobre as habilidades necessárias para uma rotina de aprendizado contínuo. Nesse texto comentei sobre a aprendizagem, ou seja, a habilidade de aprender e sobre a zona de aprendizado. Para ficar mais claro o que é essa zona, decidi escrever esse post esclarecendo um modelo que define três zonas em que podemos nos encontrar.


Quando queremos nos desenvolver, raramente temos avanços dentro da nossa zona de conforto. Ou seja, não vamos evoluir fazendo e reforçando o aprendizado apenas do que já conhecemos.

Para um aprendizado efetivo, precisamos ir para uma zona de aprendizado. Nessa zona, será possível se desafiar e aprender novos caminhos e conceitos sem passar do limite aceitável. Passando desse limite, estaríamos em uma zona de pânico, o que não é o ideal.

Para ficar mais claro, essa imagem pode ajudar:

Ilustração com três círculos um dentro do outro. No mais externo está a zona de pânico, no que está no meio é a zona de aprendizado e o mais interno é a zona de conforto

Zona de conforto

Quando estamos na zona de conforto, temos uma sensação de segurança. É onde está o que já conhecemos e sabemos que funciona.

Porém, apesar de confortável, essa também é uma zona que pode ser tediosa. A sensação de facilidade constante, a falta de surpresas e a falta de desafio pode transformar essa zona em um local desconfortável.

Zona de aprendizado

Dentro da zona de aprendizado, temos uma sensação de insegurança que não é exagerada. Porque, por mais desafiadora que possa ser, a zona de aprendizado é um ambiente controlado.

É nela em que exploramos as novidades com cuidado, ficamos alerta e entramos constantemente num estado de flow. Não deve ser uma zona em que nos sentimos sobrecarregados nem desanimados, mas sim energizados.

A ideia é que a cada aprendizado a nossa zona de conforto se expanda com as informações que adquirimos na zona de aprendizado.

Zona de pânico

Ao passar para a zona de pânico, estamos nos sobrecarregando. Assim, temos uma situação estressante, em que tudo soa não familiar e difícil de lidar.

As respostas às situações dentro da zona de pânico geralmente causam respostas corporais como tremores e suor. Nos colocamos em situações em que não temos certeza do que fazer e nem clareza das opções disponíveis.

Exemplo

Um exemplo que gosto de dar a respeito dessas zonas é o trabalho que faço para me familiarizar com apresentações. Eu costumo falar muito em público no meu trabalho e tenho ciência de que serei cada vez mais exposta a situações em que precisarei falar para um público desconhecido. E é aí que está o meu problema, porque sinto muito nervosismo e não sinto que faço o meu melhor nesses casos.

Pensando nas zonas que expliquei, tento trabalhar essa habilidade ciente do seguinte:

Zona de conforto

Quando estou apresentando algo para o meu time, me sinto muito confortável. Caso eu erre ou precise corrigir alguma informação, não é algo que me faz entrar em pânico.

É o ambiente em que me sinto tranquila para apresentar as informações, sem sentir nenhuma pressão.

Zona de aprendizado

Existem algumas oportunidades no meu trabalho em que posso me candidatar para apresentar algum conceito útil para toda a empresa. Uso esses momentos como oportunidade para fazer apresentações para mais pessoas além do meu time e treinar as minhas habilidades de comunicação.

A partir do momento que sou informada que a data da apresentação foi marcada, estudo mais sobre o tema e preparo os slides. Na semana da palestra, treino a apresentação e anoto pontos importantes para falar.

Essa é uma forma de me desafiar, já que vou falar em frente às pessoas que não convivo normalmente. Mas de forma controlada, porque tenho tempo de me preparar e treinar.

A cada apresentação, uma limitação diferente é superada e vou me sentindo cada vez mais confortável com esse tipo de situação. Ou seja, o que antes estava na zona de pânico, vai lentamente para a zona de aprendizado e futuramente pode estar dentro da zona de conforto.

Zona de pânico

Se, por acaso, alguém me chamar em uma reunião com toda a empresa e me pedir para explicar algo que não estava preparada para explicar, sei que estarei na zona de pânico.

Por isso, tento me manter informada a respeito do que será abordado nas reuniões com antecedência e deixo os meus pares e a liderança cientes de que esse tipo de situação não me deixa confortável.

Idealmente, evito ao máximo entrar na zona de pânico. E faço um trabalho constante para que ela reduza cada vez mais.


Esse é um conceito que podemos aplicar para praticamente qualquer coisa na nossa vida. Ir se expondo a situações desafiadoras um passo de cada vez de forma controlada é uma ótima forma de evoluir.

Particularmente, me sinto muito orgulhosa quando me vejo fazendo algo que eu mesma no passado nem teria coragem de tentar. E isso só acontece porque vou aos poucos, sem me obrigar a me expor a situações que não me deixam confortável.

Espero que esse conceito seja útil e que você consiga aplicar no que está te desafiando agora.

Até a próxima!

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