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06 Nov 2023 | 4 minutos • Newsletter

OKRs

Estabelecendo e acompanhando metas

Ingrid Machado

Ingrid Machado

Engenheira de computação, especialista em engenharia de software. Autora deste querido blog.

Image de capa do post OKRs
Foto de Jess Bailey, via Unsplash

Este texto foi originalmente publicado na Trilha de Valor #54: OKRs, que foi enviada no dia 14 de junho de 2023. Para receber a newsletter na sua caixa de entrada, inscreva-se aqui.

Os OKRs são bem conhecidos dentro das empresas, mas nem sempre bem aplicados. Por isso e por já ter visto essa ferramenta em diversos momentos, decidi estudar mais a respeito. E, dentre as fontes que eu consultei, está o livro “Avalie o que importa”, que apresenta a definição e diversos casos de uso dos OKRs.

Definição de OKRs

OKRs são definidos como um protocolo colaborativo de definição de metas para empresas, equipes e indivíduos. É uma metodologia de gestão que ajuda a garantir que a empresa concentre esforços nas mesmas questões importantes em toda a organização. Ou seja, quando usamos OKRs, estamos definindo metas de forma colaborativa, que deixa clara a prioridade para todas as pessoas.

A sigla é dividida em duas partes:

  1. Objetivo: o que deve ser alcançado
  2. Resultados-chave (Key Results): definem se o objetivo foi atingido ou não e devem ser mensuráveis

Para que o OKR funcione, o objetivo deve ser significativo e concreto. O mais importante é que ele deve ser compreendido e comprado por todas as pessoas. Para isso, o livro recomenda objetivos que estão alinhados com a visão e a missão da empresa. Porque assim é muito mais provável que todos concordem na importância desse objetivo e trabalhem para que ele seja atingido.

E os resultados-chave (KRs) devem ser estabelecidos de forma que, ao concluir todos eles, isso também signifique que o objetivo foi concluído. Por exemplo, se um objetivo envolve aumentar as vendas, ter resultados-chave que não considerem o volume de vendas não faz muito sentido. Para um melhor acompanhamento, é aconselhada a definição de até 5 resultados-chave por objetivo.

Depois de definidos, os resultados-chave são acompanhados frequentemente para que seja possível a tomada de decisão de acordo com o cenário. Por não ser algo engessado, é possível mudar o que foi definido se a avaliação apontar que não estamos em um cenário possível. E, com a avaliação ao final do trimestre, se chega à conclusão do quanto atingimos do objetivo.

Exemplo de OKR

Para deixar mais claro, vou dar um exemplo de OKRs usando o meu blog. Para este ano, eu tenho definido que eu quero aumentar a média de acessos mensais do blog. Esse seria o meu objetivo. Mas, como eu vou definir que eu consegui atingir esse objetivo? Através de resultados-chave.

Então, eu defini 2 KRs:

  1. Aumentar a média de acessos mensais de 600 para 800 usuários únicos
  2. Aumentar a média de sessões engajadas mensais de 470 para 570

Todos os resultados-chave, se atingidos, significam que estou impactando a média de acessos mensais do blog. E, durante o ano, eu farei ações que eu entendo que vão alterar esses números. Por exemplo: divulgar os posts nas redes sociais, republicar os posts no Medium, divulgar os posts na newsletter e assim por diante. E acompanho esses números através do Google Analytics.

Um erro que cometi no primeiro rascunho desse OKR foi ter direcionado os KRs para atividades. Por exemplo, dizer que um KR seria divulgar um post no LinkedIn pelo menos uma vez por mês. Essa divulgação é o que eu vou fazer para atingir alguma métrica, então o resultado-chave tem que apontar para essa métrica.

Motivação de uso dos OKRs

Mesmo sabendo a definição, entendo que isso não é o suficiente para convencer alguém da importância do uso da metodologia. Mas o livro também apresenta algo que o autor chama de 4 superpoderes dos OKRs:

  1. Foco: os OKRs definem o que deve ser feito. Idealmente, tudo que não impacta no objetivo não deve estar na lista de tarefas do time
  2. Alinhamento: com os OKRs, o trabalho de cada pessoa está alinhado com o trabalho da equipe, que está alinhado com a missão geral da empresa
  3. Acompanhamento: os OKRs devem ser acompanhados e revistos ou adaptados de forma frequente, com as pessoas se responsabilizando pelos resultados
  4. Esforço: podem ser definidos OKRs compromissados para garantir as metas e OKRs ambiciosos para elevar o nível da empresa como um todo

Em uma mesma ferramenta, encontramos uma solução para ter foco e alinhamento dentro de toda empresa. E uma forma de elevar o nível de performance a cada ciclo. Acredito que muito do sucesso desses itens está no acompanhamento constante e no uso adaptado dos OKRs à realidade da empresa que está tentando implementá-lo.

O importante é saber que essas são vantagens que surgem conforme se aprende a usar os OKRs, não sendo possível ver resultados do dia para noite.


Os OKRs exigem uma mudança cultural para funcionar. Sem o comprometimento de todos os envolvidos, ele se torna apenas mais um trabalho dentre diversos trabalhos já existentes no dia a dia.

Até mesmo no exemplo simples que eu dei é possível perceber o quanto existe um direcionamento. Então, não importa se os OKRs são usados de forma cascateada entre equipes ou de maneira geral na empresa. O recomendado é iniciar a implementação, mostrar para todos a importância e o propósito e ir evoluindo na implementação a cada aprendizado.

Até a próxima!

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