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16 Jul 2021 | 5 minutos • Carreira

Como foi o meu processo de troca de emprego

O caminho para fazer a melhor escolha

Ingrid Machado

Ingrid Machado

Engenheira de computação, especialista em engenharia de software. Autora deste querido blog.

Image de capa do post Como foi o meu processo de troca de emprego
Foto de Timo Volz, via Unsplash

Se você acompanha os meus textos aqui no blog e na Trilha de Valor, deve saber que eu fiz uma mudança importante na minha carreira. O que ainda não falei sobre isso, é sobre como eu escolhi o caminho que significasse um avanço na minha carreira, sem deixar de fazer o que eu gosto. No texto de hoje, vou tentar compartilhar um pouco sobre como foi o meu processo de escolha e espero que esclareça as dúvidas que você pode estar tendo, caso esteja na mesma situação em que estive.

Vantagens e desvantagens do cenário atual

A primeira coisa que eu fiz antes de tomar a decisão de mudar de emprego foi entender se realmente era isso que eu queria. Eu falo sobre isso com mais detalhes no “Hack de carreira”, mas o que precisa ficar claro é que nem sempre a solução é trocar de empresa. Trocar de projeto ou até mesmo atuar em outro papel dentro do mesmo time pode ser uma solução.

No meu caso, as desvantagens incluíam alguns pontos que não seriam resolvidos trocando de projeto. Por isso, decidi que o melhor seria procurar por outra oportunidade.

O que eu quero manter

Mesmo querendo fazer uma troca mais radical, pensei no que gostava de ter no trabalho atual e não abriria mão. Aqui posso listar alguns pontos que eram essenciais:

O que eu quero ter a mais

Seguindo o mesmo raciocínio, pensei no que eu gostaria de incluir na minha jornada para então considerar que estou satisfeita com o meu trabalho:

Não vou listar aqui o que cada ponto significa especificamente ou como cada um deles traria uma vantagem na minha carreira. Mas é importante destacar que todos esses pontos foram muito bem pensados e todos se justificam de forma bem pessoal.

Apoio e mentoria

Por mais que pareça que eu tinha tudo muito bem definido, eu ainda estava com muitas dúvidas. E, mesmo que a decisão final seja minha, ter com quem conversar ajuda muito na tomada de decisão. Desde o momento em que me senti insatisfeita onde estava até o momento de decidir pedir demissão, contei com várias pessoas para conversar a respeito.

Também aproveitei que faço parte de uma comunidade de mentoras e pedi auxílio. A grande questão no momento era entender em qual tipo de vaga eu me encaixaria melhor e quais estariam atendendo às minhas expectativas.

Tive um apoio muito importante de uma das mentoras que me passou um artigo bem interessante a respeito dos arquétipos de liderança e me concedeu um espaço na agenda para conversar sobre liderança em times de produto. Foi realmente um divisor de águas e acredito que demoraria muito mais para entender qual caminho seguir sem o apoio que recebi.

Quais vagas atendem às minhas escolhas

O artigo indicado fala sobre os arquétipos de gestão de engenharia. Para entender os arquétipos, é necessário entender que cada um deles é formado por um conjunto de habilidade. São, de forma bem resumida, 4 habilidades:

Pensando na evolução da minha carreira e no que me faz realmente feliz no trabalho, entendi que o arquétipo com maior influência das habilidades de time e processo seria o mais interessante. Seguindo a linha de raciocínio do artigo, os arquétipos correspondentes seriam:

Porém, lendo as definições de cada arquétipo, entendi que o 3 era muito próximo do que eu já fazia, então eu realmente teria uma mudança maior focando no 2.

Depois de ter decidido o tipo de atuação que eu queria ter, o passo seguinte foi procurar vagas com definições de responsabilidades e requisitos alinhadas com a minha escolha. Isso significa que procurei cargos de liderança, onde, além de ser responsável pelo processo do time, eu também seria responsável pelo desenvolvimento de pessoas.

Processos de seleção

Durante todo o processo usei as páginas de recrutamento fornecidas pelos sites das empresas. Apesar de ter acompanhado algumas vagas pelo LinkedIn, ver que todas as vagas tinham centenas de candidatos na plataforma me fez adotar essa estratégia.

Também fui muito franca ao preencher os formulários. Se eu não tinha algum certificado ou habilidade, deixava isso bem explícito. Posso dar como exemplo a vaga em que fui selecionada, onde era solicitada a certificação em Management 3.0. Eu ainda não havia feito e deixei isso bem claro na minha submissão, mas também expliquei que conhecia as práticas e era do meu interesse tornar esse conhecimento oficial.

A gente se preocupa muito em preencher todos os requisitos, mas acredito que o mais importante é ter o perfil para a vaga e a vontade de aprender. Falo isso como alguém que já fez muitos processos seletivos como entrevistadora e alguns como entrevistada. A sinceridade nunca falha.

Durante as entrevistas também fui bem franca em relação ao que estava procurando e não me preocupei em responder as perguntas da forma mais perfeita possível. Dizer que não sabe ou que nunca passou por determinada situação não é o fim do mundo, é apenas a verdade. Eu me candidatei apenas em vagas que me senti preparada o suficiente para contribuir, mas também com espaço o suficiente para aprender.

Por mais que eu seja muito indecisa no momento de encerrar ciclos, como sair do meu antigo emprego, eu sou muito decidida em relação aos ciclos que eu inicio. Então eu coloquei na minha cabeça que não seria uma vaga onde eu preenchia todos os requisitos que iria me fazer feliz. Para seguir fazendo tudo o que eu já sei fazer, seria mais fácil ficar onde eu estava.


Ainda não iniciei na empresa nova, mas sinto que foi a mudança mais bem pensada que fiz até o momento, principalmente no que diz respeito a escolha da vaga e do que eu quero fazer no dia a dia. Espero que nos próximos posts a respeito eu possa falar o quanto eu estou feliz com a escolha. Também espero que compartilhar essa minha experiência ajude quem está passando pelo que eu passei.

Até a próxima!

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