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19 Jul 2021 | 4 minutos • Dicas e recomendações

Ressuscitando a minha impressora 3D

Pois é, eu tenho uma impressora 3D

Ingrid Machado

Ingrid Machado

Engenheira de computação, especialista em engenharia de software. Autora deste querido blog.

Image de capa do post Ressuscitando a minha impressora 3D
Foto de Opt Lasers, via Unsplash

A minha impressora estava sem ser usada há muito tempo. Ela passou por duas mudanças e ainda ficou um bom tempo parada durante a quarentena, até que eu decidi ver o estado dela durante o meu sabático. De forma resumida, posso dizer que ela estava destruída. Acumulou muito pó, algumas partes enferrujaram e também estava com alguns pontos de mofo na parte do MDF.

Eu comprei a impressora em 2017 e no momento o modelo dela (VOOLT3D GI3 1.75MM) não está mais disponível para venda no site do fabricante.

Ela possui as seguintes especificações:

Todos os filamentos que eu tenho são de PLA, o que influencia em algumas configurações de impressão.

Como recuperei a impressora 3D

Identificando os problemas

Além dos problemas que falei no início do post, a impressora também estava totalmente descalibrada. Fazendo uma lista de tudo que precisava ser ajustado, elenquei os seguintes itens:

Sujeira

A impressora estava destruída, mas nada que parecesse impossível de recuperar. Então, a primeira coisa que fiz foi limpar com um pano as partes de MDF e com uma toalha de papel os eixos de metal. Também limpei o vidro da mesa com álcool isopropílico.

Falta de lubrificação

Ela foi guardada lubrificada, mas o excesso de pó fez acumular muita sujeira. Então, após a limpeza, fiz o processo de lubrificar os eixos de metal com óleo Singer.

Bico entupido

Em alguns casos, basta esquentar o bico e forçar o filamento manualmente para conseguir desentupir. Como isso não estava funcionando, precisei desligar a ventoinha que controla a temperatura do bico e aguardar 5 minutos com o bico em uma temperatura mais elevada. Depois disso, bastou forçar o filamento manualmente novamente e foi desentupido.

Para evitar entupimentos no futuro, sempre aqueço o bico e seleciono a opção “Trocar filamento” para que a própria impressora retire o filamento. A última vez que entupi o bico da impressora, foi aquecendo o bico e retirando o filamento manualmente.

Extrusão com falhas

Durante a impressão, o filamento iniciava saindo corretamente e depois começava a falhar. Nesse ponto fiz duas correções: ajuste no mordente e lubrificação do filamento.

O mordente é a parte do cabeçote que puxa o filamento para alimentar a extrusão. Quando ele não está bem regulado, o filamento pode patinar ou até mesmo ser quebrado. Para ajustar, é necessário deixar o mordente preso o suficiente para puxar o filamento sem quebrar e sem ser possível puxar com os dedos enquanto ele está sendo extrusado.

Como comentei, uso sempre o PLA. Para imprimir com esse material, é necessário lubrificar o filamento com meia gota de óleo Singer. O óleo é colocado no filtro de filamento, que além de lubrificar também limpa o filamento antes de ele entrar na extrusora.

Sensor de filamento descalibrado

Depois de desentupir o bico da impressora e ajustar a extrusão, iniciei outra impressão de teste. Nessa etapa identifiquei alguns problemas e o primeiro que tentei resolver foi o sensor de filamento descalibrado.

Esse problema pode ser identificado quando, durante a impressão, a impressora solicita a troca de filamento em momentos que não deveria. A curvatura do filamento pode deixar alguns trechos um pouco mais afastado do sensor, então foi necessário aproximar o sensor um pouco mais da entrada de filamento, para aumentar a sensibilidade.

Offset do Z descalibrado

A primeira camada estava sendo impressa bem esmagada contra a mesa. Para corrigir esse problema, foi necessário ajustar o valor do offset do Z, que é a distância do bloco de impressão em relação à mesa.

Essa calibração é feita manualmente, com o uso de uma folha de papel sulfite. Precisa ter cuidado para não bater com o bico na mesa e deixar a primeira camada na altura correta.

Slic3r sem a configuração correta

Para garantir que a impressora está calibrada, sempre faço a impressão do polvinho, que é um modelo que vem de fábrica com a configuração correta. Depois que consegui imprimir o polvinho corretamente, fiz um teste com outra peça que não saiu calibrada.

A Voolt manda um arquivo de configuração do Slic3r, software que gera o gcode para impressão, mas eu não tinha mais esse arquivo. Seguindo o manual, já tinha feito a configuração na instalação. Porém, depois dessa impressão incorreta, vi que as configurações iniciais não tinham sido salvas. Criei um arquivo de configuração padrão e testei novamente.

É importante usar os valores que estão de acordo com as especificações da impressora, para não ter problemas em peças futuras.

Resultado final

A imagem mostra as etapas que eu passei para conseguir recalibrar a impressora:

Tipos de work items disponíveis no processo Agile

  1. Impressão com falhas na primeira camada, sem concluir por falha na extrusão;

  2. Impressão com falhas pelas constantes trocas de filamento durante o processo;

  3. Impressão completa sem falhas.


Mesmo não tendo mais esse modelo à venda, sempre recomendo a Voolt3D. Comprei a minha impressora em 2017 e em pleno 2021 tive apoio do suporte com vários materiais e atendimento via WhatsApp para conseguir recuperar a impressora. Nem todo atendimento é tão bom assim.

Espero que esse post te ajude caso esteja precisando recalibrar a sua impressora 3D, mas lembre de sempre consultar o manual e os materiais oficiais de suporte.

Até a próxima!

O link do post foi copiado com sucesso!

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